O título é bem explicativo, não é? Você mesmo já deve ter dito isso em algum momento da sua vida, talvez seu irmãozinho ou seu filho. Eu já disse isso (risos). Então, nesse texto quero falar sobre imaturidade, sobre o custo que imaturidade tem para empresas. Disse “custo” e não somente “preço”. São coisas distintas. Vamos refletir.
Entender essa diferença vai determinar o que fazer se de alguma forma o fenômeno da imaturidade atinge o seu campo relacional.
Entendo o preço como o aspecto visível, palpável, monetário, concreto. É aquilo que se pode medir numa relação qualquer, basicamente, quanto você desembolsa em dinheiro – pra ser bem prático. Já o valor é diferente. Valor está associado a ideia de importância, é a percepção de que algo é essencial – essa percepção pode ser individual ou coletiva. Entenderam?
Bem, o que estou denominando como imaturidade no ambiente de trabalho? Vejamos a alguns comportamentos:
Terceirizar suas atitudes
Há sempre necessidade da busca pelo culpado, mas ele sempre é o outro, sempre há uma justificativa para se eximir da responsabilidade.
Egocentrismo
Não sabe compartilhar metas e resultados coletivos e tem uma forte tendência de querer ser sempre o centro das atenções.
Comportamento de vítima
Usa da chantagem emocional para conseguir atenção e apoio para executar tarefas da sua alçada de competência; manipula as pessoas demonstrando ser frágil para conseguir o que quer.
Agressividade
Esbraveja, resmunga, pressiona e intimida os colegas para conseguir o que deseja, causando uma atmosfera nefasta para a organização.
É muito mais comum que reconheçamos essas atitudes no outro, mas elas são muito mais comuns que possamos imaginar. O que quero chamar a atenção, entretanto, é para o impacto que esses comportamentos tóxicos e deletérios podem alcançar. Um profissional que deveria ter atitude de liderança, por exemplo, mas que o faz acreditando ser a agressividade um mecanismo assertivo para atingir o objetivo de liderar sua equipe. Quanto em termos emocionais, clima organizacional, produtividade, capacidade de inciativa e trabalho em equipe está em declive acentuado com esse comportamento imaturo do líder? Aliás, não se trata de um líder, mas ocorre que pessoas despreparadas, às vezes, assumem essas posições. Você concorda?
Posso, nesse mesmo cenário, chegar à conclusão de que ter pessoas egocêntricas, pessoas que não assumem responsabilidades, terceirizam ou assumem comportamentos de vítima causam impactos semelhantes ou ainda piores? Agora, coloque todos esses personagens em um grupo de trabalho. Parece o caos, não é mesmo? Mas não é. Acontece dia após dia e, talvez, aconteça na sua empresa.
Qual é o preço e o custo dessas atitudes? Altíssimo.
Agora, vejam bem. Há um ditado antigo que diz “não se deve jogar a água da bacia com o bebê dentro”. Essa é a boa notícia. Em outras palavras, quero afirmar que as pessoas não devem ser dispensadas ou punidas por agirem dessa forma. Há necessidade, sim, de ações específicas voltadas ao desenvolvimento das pessoas. Elas podem e aprendem na medida em que são corretamente estimuladas. Esse é sem dúvida o grande ativo das organizações na atualidade: pessoas e suas habilidades. São as pessoas que tornam possíveis grandes realizações e apostar nelas é um bom negócio, um bom investimento.
Então, é preciso um olhar cuidadoso com a questão da imaturidade e tudo que ela representa. Nós da SAGICON temos profundo interesse, sensibilidade e programas já testados para conduzir temas dessa natureza, como:
- Programa de desenvolvimento de líderes (PDL);
- Programa de desenvolvimento individual (PDI);
- Desenvolvimento de habilidades gerenciais.
São alguns deles.
Agora, pense bem. Caso alguém tome seu iogurte que estava guardado na geladeira qual será sua reação? (Risos).
Até breve!
Jefferson Oliveira
Psicólogo da SAGICON
CRP 08/15345