No ano de 1909, mais de 15 mil mulheres foram às ruas de Nova Iorque, nos Estados Unidos, em busca de melhores condições de trabalho. Por meio de manifestações, elas exigiam mais direitos políticos e trabalhistas.
Mais de 100 anos depois, o Dia das Mulheres é comemorado anualmente no mês de março e o direito das mulheres no mercado de trabalho ainda é constantemente tema de debates no meio político e empresarial.
A conquista de direitos como a licença-maternidade, estabilidade em caso de gravidez e a remuneração igualitária transformaram a presença feminina no mercado, mas será que eles são suficientes?
O protagonismo feminino é de extrema importância para mulheres – e para homens também. Quando debatemos questões relacionadas a gênero, abordamos também as dinâmicas sociais e culturais.
A padronização – o oposto da diversidade – empobrece as decisões. A somatória de vivências e pontos de vista precisa estar refletida nas empresas. Dar espaço às mulheres no mundo corporativo é obrigatório. Identificar potenciais mulheres líderes, e ajudá-las a ganhar espaço, é um passo fundamental para qualquer grande corporação.
Dados do McKinsey Study mostram que empresas com mulheres na liderança têm maior resultado operacional (48%), maior alta no faturamento (70%) e menos casos de falência (20%). No grupo Riachuelo, 63% dos cargos de comando estão nas mãos de mulheres. Não é apenas uma escolha baseada no gênero, mas sim na capacidade que essas mulheres têm de gerenciar crises, propor mudanças e gerir recursos. Não foi à toa que o grupo mereceu o selo “Woman on Board”, que reconhece a presença de mulheres em cargos estratégicos, de liderança, nos conselhos de administração ou consultivos.
Há vários caminhos para que as empresas ajudem a acelerar a transformação necessária para um ambiente corporativo mais igual. O ponto de partida é o reconhecimento do problema e da necessidade de ações concretas. O investimento em paridade de gênero ainda é muito baixo no Brasil, o que precisa ser repensado imediatamente.
Como ser uma empresa que apoia a igualdade de gêneros?
- Apoie a diversidade do recrutamento
Um corpo empresarial diverso é essencial para uma equipe unida. Por isso, é necessário reavaliar como o recrutamento de sua empresa é feito. Independente da iniciativa que você deseja utilizar, é necessário priorizar a igualdade nas contratações.
- Avalie a cultura de sua empresa
Por mais que muita gente acredite que a cultura machista está no passado, ela ainda está presente em muitas situações no meio empresarial. Em muitas empresas, é comum acontecerem o manterrupting, que é quando homens interrompem falas de mulheres, e o mainsplaining, ato onde um homem tenta explicar algo para uma mulher, assumindo que ela não entende do assunto.
- Promova treinamentos
Para conscientizar seus trabalhadores e colaboradores sobre a presença das mulheres no mercado, existem algumas alternativas simples e viáveis. Treinamentos e cursos que promovam a igualdade de gênero e o fim da cultura do machismo no ambiente empresarial são opções inteligentes para a conscientização de sua equipe.
- Diferença salarial entre homens e mulheres? Nem pensar!
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o salário médio de um homem brasileiro era de R$ 2.306,00, enquanto o de uma mulher era de R$ 1.764,00. A diferença de quase quinhentos reais mostra que ainda existe diferença no salário entre gêneros no Brasil. Nada de viver no passado: os salários para um mesmo cargo devem ser iguais!
- O equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal deve ser defendido
Uma das maiores queixas das mulheres no mercado de trabalho é a jornada tripla de trabalho: o trabalho em si, o cuidado com as tarefas domésticas e os filhos. Tantas responsabilidades levam as mulheres à sobrecarga de afazeres.
Na hora de pensar em benefícios para seus funcionários, leve a questão feminina em consideração. Auxílios para creche, a opção de jornadas híbridas ou remotas e uma possível flexibilidade de horários são opções para quem deseja promover o equilíbrio da jornada de trabalho feminina.
Apesar dos avanços em relação ao papel social que as mulheres ocupam na sociedade, elas ainda são estimuladas, desde criança, a seguirem comportamentos e padrões que muitas vezes as limitam e as impedem de ascender tanto pessoal quanto profissionalmente. Tal movimento contribui para a falta de autenticidade, uma vez que, para serem aceitas e pertencidas, acabam adaptando-se e moldando-se às situações que lhes são impostas.
Romper com tudo isso é um convite para a busca pelo verdadeiro pertencimento.
Empoderar-se é dar a si mesma diferentes oportunidades de crescimento. Fazer um curso de idioma, de autoconhecimento e autocuidado, de gestão das emoções, de alimentação saudável, de gerenciamento corporativo; participar de palestras e workshops são exemplos de formação contínua que desenvolvem gerenciamento profissional e também pessoal.
Aliás, as principais competências para o futuro do trabalho e para a liderança de pessoas estão alinhadas com habilidades desenvolvidas naturalmente pelas mulheres, como flexibilidade, sensibilidade, comunicação, confiança e intuição. O autoconhecimento, aliado ao aprendizado contínuo, desenvolve competências que promovem a ascensão profissional e pessoal.
Para ajudar nesse processo, a Sagicon convida você a conhecer nossos cursos, os quais irão profissionalizar ainda mais o seu talento para o mercado de trabalho.