Na contemporaneidade é possível mensurar o valor de quase todas as coisas. Identificamos inclusive o que “desejamos” de valor e “lutamos” para conquistá-lo ou adquiri-lo, pois nos é relevante.
Muitas horas de trabalho e algumas restrições nos ajudam na aquisição dos bens e produtos, mas quando falamos do tempo nem sempre conseguimos dimensionar seu valor.
Nossa hora de trabalho tem um preço, já pensou em nossa hora de ócio, quanto ela vale?
O que vale mais pra você?
As suas prioridades no momento de lazer darão dimensão do seu valor.
Estar consigo mesmo é valioso? Estar com a família num momento de descontração, vale quanto? Vale tanto quanto o carro caríssimo que acabamos de adquirir ou tem o valor do diamante que encarece o anel?
Algumas coisas, acredito, são questões consideráveis num mundo de consumo!
Cada momento vivido terá consequências no futuro. Em meio a tantas opções de posse, é necessário identificar as preciosas horas de descanso e ócio, pois são estas que nos “garantem” qualidade de vida. Algumas pessoas não conseguem identificar algo de produtivo no “não fazer nada” e muitas vezes nos perdemos em nós mesmos, nos nossos sonhos e objetivos de vida. Buscamos felicidade nos objetos e desconsideramos o que, de fato, nos trará significado o suficiente para sentirmo-nos felizes.
Alguns momentos nos proporcionam o que não é palpável. Relacionar-se, interagir, conviver, dar risada ou jogar papo fora.. Com certeza nos trarão benefícios que são necessários para identificar a tal felicidade que procura-se incessantemente.
Como vislumbrar os significados das coisas se valorizamos os objetos e descartamos as pessoas? Penso que os momentos de ócio em família, amigos e consigo mesmos são possibilidades de “recarregar” os sentidos da vida e os motivos que nos fazem acordar todos os dias, viver horas de trabalho produtivas e cumprir com vários compromissos diariamente.
Sandra Mara Duarte Pierozan
Pedagoga e Psicóloga Sagicon
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